PMDDD

Faces cotidianas


Este ambiente digital tem o intento de chamar a atenção para os espaços cotidianos que compõem nossos trajetos sociais, sendo por muitos esquecido, e deixado a mercê da ignorância e falta de bom senso humano, se pararmos para refletir um pouco em nossa trajetória consumista, preconceituosa e centralizadora, compreenderemos que estamos degradando de maneira indiscriminada o espaço físico no qual vivemos e nem nos apercebemos deste ato.
Falar em educação para a sustentabilidade e/ou simplesmente para a preservação dos espaços físico-naturais é tomar consciência deste mundo finito, porém, belo, colorido com inúmeras variedades de animais, plantas, frutos, que podem ser dilacerados pelo uso dos agrotóxicos, queimadas e desmatamentos.
Tem-se o objetivo de desestruturar a visão cartesiana do consumismo desenfreado e da compreensão do mundo infinito, na busca de uma nova visão de sociedade e mundo, onde as relações sejam plenas de harmonia e respeito, tanto entre indivíduos com seus pares, bem como com a natureza.
Apesar de amplos os objetivos, o que desejamos é potencializar uma visão mais crítica da sociedade, possibilitando a cada sujeito observar seu entorno de maneira diferenciada, atentando para seus atos, compreendendo que mudanças simples em sua ação diária podem tornar-se ações de grande valor ao meio ambiente.

à Tema: Faces cotidianas: sordidez e beleza enquanto caminhos da contemporaneidade, o lixo e o luxo dos espaços culturais (local para reflexões e pensamentos coerentes com a problemática do consumo, das diferenças pautadas na esfera do ter em detrimento do ser).

à Objetivo geral:
Oportunizar o diálogo acerca da origem do sistema capitalista que prevê o uso demasiado dos recursos físico-naturais, para sustentar o nosso estilo de vida. Perceber as influências que sofremos a partir das imagens publicitárias e o quanto estamos sendo manipulados por este viés midiático, sem muitas vezes percebermos que temos inúmeros produtos desnecessários. Analisar a produção de lixo e os encaminhamentos que realizamos em relação à sua produção, destacar pontos de intervenção para o consumo consciente e a restrição quanto ao desperdício dos bens de consumo, modificando o sistema linear que amplia o descaso e o consumo, para idealizar uma forma de separar, reciclar e reaproveitar os próprios materiais que desperdiçamos.

à Justificativa:
Pensar em educação é atentar para a necessidade de inovar, mudar e instigar a busca do novo, que não é tão desconhecido como se imagina, é sim a possibilidade de integrar o aluno como sujeito ativo em seu processo de construção da aprendizagem tornando-o apto a interagir com as mídias, sejam elas numa esfera educacional, bem como social e pessoal, tendo consciência de que a melhor maneira de aprender é integrando e não apenas acoplando, quando associamos uma com a outra, as produções não são significativas e sim fragmentadas, isoladas e sem relação.
            Este ambiente virtual surge com a intenção de despertar a consciência de seus protagonistas para dois vieses de estudo, por um lado tornar a mídia fomentadora da interdisciplinaridade, sendo um instrumento que potencialize a aprendizagem num caráter processual; por outro lado, pretende despertar para a consciência crítica e valorização do espaço físico-ambiental, demonstrando clareza que a responsabilidade é de cada um de nós, em manter, restaurar e valorizar este espaço tão degradado em virtude da sociedade capitalista que procura enaltecer o consumismo precocemente. Tal ação educativa justifica-se pela premência em rever os valores que estão disseminados socialmente e distorcendo o caráter ético-ambiental das relações humanas.
Pretende-se destacar a esfera ambiental, demonstrando que em nossas casas, escolas, ruas, o descaso está presente, e não temos mais tempo para ficar ignorando esta problemática, é preciso abrir os olhos e perceber que se não tomarmos atitudes coerentes, conseguiremos tornar este planeta antes habitável num mundo cinza, degradado e infeliz sob nossos pés.


Continuamos a refletir sobre a problemática ambiental e o descaso social, disseminado e enaltecido por nossas atitudes cotidianas, irresponsáveis e muitas vezes impensadas, valho-me neste momento das célebres palavras de Manuel Bandeira, num grato convite a reflexão: quem realmente somos? Humanos? Animais?


O Bicho
“Vi ontem um bicho
 Na imundície do pátio
 Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
 Não examinava nem cheirava:
 Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
 Não era um gato,
 Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem”.

Existem muitas questões que precisam ser pensadas, refletidas e modificadas, para obtermos de fato um mundo decente e responsável, onde as ações cotidianas estejam embasadas no respeito e no cuidado. Vejamos um pouco mais sobre este assunto, acessando o link ao lado: Sordidez e Beleza, nesta página existem outros links para aprofundamento e estudo desta temática.