terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pairando sobre a diversidade

Moehlecke ao falar do corpo contemporâneo faz referência a nós seres humanos possuidores de um corpo, que articula e interage com o meio social, ao envolver-nos com a exterioridade, somos meio e parte integrante do social, cultural e diverso que chama-se: mundo. Através dele podemos relacionar-nos com os demais sujeitos sociais e construir nossa própria identidade. Na era moderna o corpo é visto como uma máquina que age em prol da busca de seu dono, sendo este corpo despido de sentimentos e necessidades, ele há em detrimento das necessidades do capital.
Atualmente vivemos na era da fragmentação na qual o corpo, perde-se, dilui-se e constitui-se por etapas, fragmentos, somos feitos de concreto, madeira, ferro, encontramo-nos diluímos em avenidas, apartamentos, ruas, hospitais, escolas, prédios, desterritorializados de nosso próprio corpo.
Não estamos mais diante da cidade, fazemos e somos parte dela. Mas será que todos os seres humanos têm a oportunidade de fazer parte dela? Será que todos nós estamos sendo constituídos e constituidores desta corporeidade contemporânea?
Nós toleramos muito pouco a multiplicidade. Esses diferentes serão vistos como a evidência da possibilidade de eu não ser como tenho sido e poder vir a ser de outro modo. Eu tenho um amigo, o Jorge Larossa, que diz assim: não sejas nunca de tal forma que não possa sê-lo, também, de outra maneira. Isso é bárbaro, é genial. Mas é um risco absoluto. Porque postula a multiplicidade. Postula a necessidade de estarmos disponíveis para a diferença em nós mesmos. Logo, precisamos estar disponíveis para a diferença no outro, nos outros. Entretanto, a cidade contemporânea (e nós, urbanóides que nos misturamos a ela) força a proliferação dos iguais, o alastramento das massas, os comportamentos em série. (PEREIRA, 2002)
http://www.youtube.com/watch?v=ZeouipBOlzI

3 comentários:

  1. Oi Jésica,

    concordo em número , gênero e grau... é de pensar!! E muito!!

    beijos

    Claudia

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  2. Jésica, observei o teu trabalho em Herval, vejo que o tens objetivo de estabelecer nas pessoas a consciência ambiental. Saber sobre os problemas que causamos no nosso habitat, todos sabem. Porém enquanto não fazê-lo na prática, não seremos conscientes. Parabéns p/ blog!!

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  3. Jésica gostei muito desta tua escrita sobre a diversidade, pois o que hoje muito pode se perceber é a falta de tolerância com a diversidade que nos rodeia. Há uma diversidade cultural que precisa ser acolhida, mas nem todos são aceitos porque são considerados diferentes. E muito me pergunto: será que os outros é que são diferentes?. Acredito que todos somos diferentes, ja pensou que mesmisse se todos fossemos iguais! Eu particularmente gosto de conhecer o que para mim é diferente, pois assim temos a oprotunidade de nos envolvermos com novas descobertas e novas vivências, e isto nos torna mais abertos ao cotidiano no qual estamos inseridos.
    BJS

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